Mapeamento do índice sensibilidade em área do litoral da Guiné-Bissau por GEOBIA e Machine Learning

Autores/as

Resumen

Este trabalho tem como objetivo gerar o mapa do Índice de Sensibilidade Costeira (CSI) ao derramamento de óleo para uma área na costa da Guiné-Bissau. Localizada na zona tropical da África Ocidental, a Guiné-Bissau possui uma extensa zona costeira, com predominância da amplitude da maré alta, que influencia o interior do continente em até 150 km, fazendo com que cerca de 22% do território seja inundado durante a estação chuvosa. A metodologia foi baseada nas Especificações Técnicas e Normas para a Elaboração de Cartas de Sensibilidade Ambiental para Derramamentos de Óleo no Brasil (Cartas SAO), utilizando análise de imagem baseada em objeto geográfico (GEOBIA) e aprendizado de máquina para classificação da cobertura do solo de uma imagem Sentinela (maio de 2020). Após a segmentação das imagens e coleta das amostras, foram extraídos os atributos da imagem (média e desvio padrão das bandas espectrais e dos índices de vegetação). A acurácia de diferentes algoritmos de aprendizado de máquina foi avaliada (Random Forest, Support Vector Classifier, Gradient Boosting e Multilayer Perceptron). A Floresta Aleatória apresentou o maior escore F1 (0,97) e foi utilizada para a classificação final da cobertura do solo. As classes de cobertura da terra foram reclassificadas para valores de CSI. A área de estudo apresenta valores de CSI que variam de 3 a 10. No entanto, os maiores índices (8, 9 e 10) representaram 94,4% da área mapeada e são considerados as unidades de maior dificuldade para remoção de óleo. Considerando a vulnerabilidade do país à exposição de petroleiros que cruzam o Golfo da Guiné, o CSI é uma ferramenta importante na mitigação dos danos ambientais causados pelo derramamento de petróleo na costa guineense.

Biografía del autor/a

Cristiane Nunes Francisco, Universidade Federal Fluminense

Possui graduação em Bacharelado em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1991), graduação em Licenciatura em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1987), mestrado em Engenharia de Transportes (Geoprocessamento) pela Universidade de São Paulo (1995) e doutorado em Geociências (Geoquímica) pela Universidade Federal Fluminense (2004). Realizou Pós-Doutoramento em Sensoriamento Remoto pelo INPE (2011). Atualmente é professora associada da Universidade Federal Fluminense. Tem experiência em Geociências, com ênfase na aplicação de Sistemas de Informação Geográfica e Sensoriamento Remoto na análise espacial de áreas protegidas e bacias hidrográficas, no mapeamento do uso e cobertura da terra, no planejamento territorial de municípios.

Pedro José Farias Fernandes, Universidade Federal Fluminense

Geógrafo da Universidade Federal Fluminense (UFF). Graduado em Geografia pela UFF (2010), especialista em Geoprocessamento pela PUC-Minas (2016), com mestrado em Sensoriamento Remoto pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (2013) e Doutorado em Geografia pela UFF (2019). Atua na área de Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento, com foco em Geociências, a partir de Modelos Digitais de Elevação, imagens ópticas e de radares de abertura sintética (SAR), e processamento de outros dados ambientais a partir da linguagem R.

Tiago Fernando de Holanda, Universidade Federal Fluminense

Doutorando em Geografia pela UFF e desenvolve pesquisas no Laboratório de Geografia Física (LAGEF - UFF). Mestrado em Ciências Geodésicas e Tecnologias da Geoinformação pela UFPE e Graduado em Geografia na UFPE no Centro de Filosofia e Ciências Humanas-CFCH no Departamento de Ciência Geográfica. Atuação: Geomorfologia Costeira; SIG em Ambientes Costeiros; Morfodinâmica Costeira; Erosão e proteção Costeira; Geoprocessamento, sensoriamento remoto associado a aquisição e processamento de imagens de Aeronave Remotamente Pilotada ou Drone em áreas costeiras. É um membro do corpo editorial e revisor das Revistas Brasileira de Meio Ambiente - RVBMA; Revista Brasileira de Sensoriamento Remoto - RBSR; Educação Ambiental (Brasil) e Meio Ambiente (Brasil).

Publicado

2025-07-14

Número

Sección

Research Articles